Três hotéis Pestana em que o exterior se destaca – e em que a arquitetura, a arte e a história exaltam a beleza da natureza. Merecem uma visita.
No Pestana Hotel Group, um hotel é muito mais do que apenas um hotel. Menos ainda quando falamos dos três hotéis que guardam alguns dos mais bonitos exemplares de arquitetura de jardins no país.
Comecemos a Norte. O Pestana Palácio do Freixo é um hotel no rio Douro e é simultaneamente um Monumento Nacional. Esta classificação inclui os seus jardins, que são um vibrante exemplo do Barroco no Norte do país. A arquitetura dos jardins e palácio é de ninguém menos que Nicolau Nasoni, o arquiteto italiano responsável pela Torre dos Clérigos, e que teve um importante impacto na popularização do estilo Barroco no Porto, na primeira metade do século XVIII. A então conhecida como Quinta do Freixo – hoje convertida em hotel de 5 estrelas – mantém-se um dos expoentes máximos da arte de Nasoni.
Mas que jardim especial é este então? Um clássico jardim barroco, com os seus caminhos geometricamente definidos por um eixo central e várias alamedas, mas também com muita decoração e dramatismo. No jardim original, havia vários jogos de água, estátuas e pedras trabalhadas simulando, por exemplo, cestos de frutas. Tudo isto com uma cénica ligação ao Douro, que se mantém: um é cenário do outro; de um pode admirar-se o outro. A piscina infinita para o Douro que o Pestana Palácio do Freixo hoje tem é um dos melhores pontos para apreciar esta amizade entre o jardim e o rio.
A propriedade original tinha ainda uma ligação a um bosque, que enquadrava o jardim num verde envolvente – uma característica comum nos jardins nobres de recreio do norte do país. Atualmente o jardim conta com 10 mil metros quadrados e vários terraços e patamares que o arquiteto lhe deu, numa descida até ao Douro ou numa subida até ao magistral palácio.
Destaques
Também a Norte, há um jardim com origens mais antigas, que continua a reunir em si traços e vestígios de várias épocas. A Pousada Mosteiro de Guimarães, que funciona como hotel em Guimarães, localiza-se no lugar do Mosteiro de Santa Marinha da Costa, com origens no século XII. É uma das melhores vistas sobre o centro histórico de Guimarães, mas também um sítio tranquilo onde o contacto com a natureza é privilegiado.
Ao passear por este jardim histórico com nove hectares, e passar por um castanheiro ou um carvalho, pode imaginar que aqui estiveram monges do século XII durante uma meditação, por exemplo. Já nesse tempo havia na cerca (o jardim murado que envolvia o mosteiro) uma mata com exemplares destas espécies. Em particular, junto ao tanque circular de granito, um ponto icónico do passeio pelo jardim, onde há um carvalho-alvarinho com séculos de idade.
Depois de ser um espaço natural exclusivo do mosteiro, com a chegada do século XIX e a extinção das ordens religiosas, a propriedade foi adquirida por particulares e o jardim deixou de incluir os pomares e hortas, que eram os recursos dos monges e cónegos. Passou a ser um jardim de recreio muito ao estilo da época, com algumas árvores exóticas e ornamentais e até uma gruta artificial, bem romântica e bucólica.
Apesar do incêndio nesta propriedade em 1951, o parque manteve-se de interesse público (desde 1940) e, com a recuperação do espaço, foi possível manter todas as camadas de história e natureza, seja ela autóctone – como se vê pelos padreiros, loureiros ou azevinhos – ou exótica, na presença de árvores do México, como o cipreste do Buçaco, do Norte de África, como o cedro do Atlas, ou da América do Norte, como o Tulipeiro da Virgínia ou a Sequoia.
Mais a sul, outro destaque. Um hotel 5 estrelas em Lisboa, onde se passeia entre árvores exóticas. O Pestana Palace Lisboa está classificado como Monumento Nacional e o jardim de árvores centenárias é uma das razões para isso.
Trata-se de um palácio do final do século XIX, cheio de histórias, mandado construir pelo Marquês de Valle-Flôr, José Luís Constantino Dias, homem que enriqueceu em São Tomé nos negócios do cacau e do café. Em torno desta casa de família, tinha o seu pequeno oásis que continua majestoso: mil espécies exóticas pontuadas por estátuas que representam as estações do ano e, à frente da fachada principal do edifício, um jardim ao estilo francês, inspirado em Versailles.
No jardim do Pestana Palace Lisboa, o antigo lago foi transformado na piscina exterior do hotel, perfeitamente enquadrada nesta atmosfera: nobre e elegante, que exalta a exuberância da natureza.