Pousada Palácio Estoi

Um palácio cor-de-rosa, jardins com inspiração em Versalhes e vista para a serra e para o mar. Não é de admirar que a Pousada Palácio Estoi seja tão procurada para casamentos. “É como numa história de princesas”, diz Bruno Raimundo, gerente da pousada. “Com os jardins, conseguimos conciliar quase tudo, só não temos uma igreja.”

A história do palácio começa no século XVIII, na altura como quinta de um fidalgo da Casa Real. Mais tarde, no século XIX, era comprado pelo futuro visconde de Estoi, Francisco José da Silva, que finalizou as obras de construção e inaugurou o palácio com pompa e circunstância, numa festa que terá durado três dias.

Foi mantido na mesma família durante quase um século, até ter sido adquirido pela Câmara de Faro já no final dos anos 80, enquanto imóvel de interesse público, quando estava praticamente ao abandono. Em 2009, foi inaugurado como Pousada de Portugal e hoje faz parte da rede internacional de Small Luxury Hotels, depois de grandes obras de recuperação.

Algumas fotos da reabilitação do palácio podem ser vistas nos corredores do edifício novo, construído para alojar os 63 quartos da pousada (três deles suítes), um projeto do arquiteto Gonçalo Byrne, a mostrar como é possível conjugar modernidade com um dos marcos históricos do Algarve. “A arquitetura foi muito bem pensada para não criar impacto visual, para não estragar ou diminuir a importância do palácio”, sublinha o gerente da pousada.

Os quartos, espaçosos, clean e luminosos, contrastam com o cor-de-rosa do palácio ali mesmo ao lado e a sua mistura de estilos, do rococó ao barroco, passando pelo neoclássico.

Se o edifício novo tem todos os confortos de um hotel de cinco estrelas (com duas piscinas exteriores, uma interior e aquecida, e um spa), o palácio, acessível também para visitas a não-hóspedes por uma quantia simbólica, é uma viagem no tempo.

A entrada faz-se por uma antiga capela ao estilo Luís XV, onde agora está instalada a receção. Lá dentro, e desde 2020, há um museu, também aberto ao público, que reúne achados islâmicos, românicos e clássicos da região.

No entanto, o verdadeiro achado aqui é o Salão Nobre, a sala principal do palácio, com o seu teto pintado. “Tem tantos detalhes que todos os dias conseguimos ver coisas diferentes”, comenta Bruno Raimundo.

Algumas salas ao lado fica o restaurante Visconde, com a preocupação de “dar visibilidade ao que é gastronomia algarvia”, diz Bruno, e apostar em produtos locais. A cataplana de peixe e marisco para duas pessoas é uma das especialidades, além dos peixes do dia, acompanhados por vinhos algarvios.