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Pousada Bragança

14 de Novembro, 2023
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A silhueta do castelo vê-se das janelas dos quartos, da sala de estar e do salão do pequeno-almoço, junto à piscina. A Pousada Bragança está, não só enquadrada na paisagem da Terra Fria transmontana, como fortemente ligada à própria cidade.

Esta característica explica-se, em grande parte, pela arquitetura modernista do edifício, de 1959 e da autoria de José Carlos Loureiro. Às janelas grandes acresce a amplitude das áreas comuns e dos quartos, decorados com elementos em burel, que conferem fluidez a todo o espaço. Nada ali é acanhado.

“A unidade mantém-se atual até hoje”, nota António Gonçalves, o gerente que é também sommelier do restaurante G Pousada, projeto de cozinha contemporânea portuguesa distinguido em 2018 com uma estrela Michelin (caso único, atualmente, nas Pousadas de Portugal) e liderado pelo seu irmão, o chef Óscar Gonçalves.

A cozinha está-lhes no sangue, eles que viram a mãe Iracema e o pai Adérito fazerem do restaurante Geadas um dos mais conceituados de Bragança. Para a pousada, a aposta foi no fine dining, um caminho que trouxe um público diferente à cidade, que não se via antes por aquelas bandas.

A carta dá protagonismo aos produtos e raças autóctones da região, como o porco bísaro, a cabra preta de Montesinho, a ovelha churra galega ou a carne mirandesa. Os menus, que começam nos 75€ por pessoa, foram batizados com nomes de artistas plásticos portugueses – pormenor que não é casual, já que pelos diferentes espaços da pousada há obras de Nadir Afonso, Amândio Silva, Mário Silva ou Armando Alves.

Dos quartos às zonas comuns, tradição e contemporaneidade coexistem, num ambiente que convida a abrandar o ritmo. Na sala de estar, onde a banda sonora varia entre Nina Simone ou o rap de Bow Wow, relaxe com um livro numa mão e uma bebida do bar na outra. Dê atenção ao recanto em azulejo e pedra, a lembrar as antigas casas rurais transmontanas, onde a lareira está sempre acesa durante o inverno. Apetece passar horas sentado no escano a olhar o lume e a ouvir as brasas, que antes serviam para aquecer as panelas em ferro onde se cozinhavam caldos e sopas apuradas.

Durante o tempo quente, as atenções viram-se para o exterior e para a piscina redonda, onde o sol bate desde as primeiras horas da manhã. Os jardins à volta são ideais para uma caminhada, e fora da pousada há uma interessante oferta cultural e gastronómica para explorar. Não faltam motivos para rumar a Bragança.

Quarto da Pousada Bragança.

Pousada Bragança

Uma Pousada com estrela Michelin.

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