O luxo começava à entrada, no teto em madeira e na escadaria em mármore com um lustre em madrepérola. Para os mais atléticos, uma piscina de saltos; para os mais relaxados, um elevador para descer à praia.
Antes da compra pelo Pestana Hotel Group, o Hotel Alvor Praia tinha sido inaugurado em 1967 e foi parte da onda que pôs o sul do país no mapa dos destinos de verão da Europa.
Nos anos 60, a vila de Alvor era ainda exclusiva dos pescadores, mas o recém-criado aeroporto de Faro mudou tudo, e o jet set voou para sul para ficar hospedado num cinco estrelas em cima do mar.
Daciano da Costa pensou o restaurante e o café, cobriu-os de linhas direitas e guardou as curvas para os bancos e cadeiras —icónicos, ganharam o nome de Alvor. Foram tão marcantes que ressuscitou a cadeira em 2004, para o projeto da Casa da Música, no Porto.
Os anos 2000 trouxeram uma renovação atenta à história, mas também às tendências de hotelaria do século XXI. Mudam-se os tempos, não muda a vontade de estar em segundos na areia: o elevador mantém-se.