A serra salpicada de branco é bonita, mas ganha encanto com o rebentar da primavera e o esplendor do verão.
Deixe-se levar por este roteiro de três dias, que explora a região como um todo, da natureza à gastronomia, da arte urbana à indústria têxtil.
Dia 1: Covilhã, da arte urbana à história têxtil
O dia começa no alto. Das imponentes varandas da Pousada Serra da Estrela, avista-se a cidade da Covilhã, no sopé da montanha, enquadrada na paisagem – e é aí que começa o roteiro. Pode descer de carro ou aproveitar o shuttle da Pousada, que funciona durante todo o dia, ligando o hotel histórico na Serra da Estrela à Covilhã e a outros pontos de interesse na Serra (como a Torre).
Na cidade, percorra as ruas do centro histórico e descubra todos os murais de arte urbana que adornam as fachadas. As intervenções artísticas resultam do festival WOOL que, desde 2011, tem dado uma nova dinâmica à cidade, refletindo a identidade e história deste lugar, transformando a Covilhã num museu a céu aberto.
Passe pelo New Hand Lab, um espaço de promoção e divulgação dos recursos endógenos da região, e conheça a programação cultural do momento. De seguida, rume ao Museu de Lanifícios, instalado nas antigas fábricas de tecidos da cidade. Acompanhe o processo de produção de lã do início ao fim, compreenda a importância desta indústria para a região e saiba como ela se tem vindo a reinventar. Na loja do museu, traga uma peça em burel, o tipo de lã que só as ovelhas da Serra da Estrela nos dão.
De regresso à Pousada da Serra da Estrela, jante no restaurante e prove os pratos mais típicos da região. Recomendam-se o cabrito assado, o arroz de zimbro e o pastel de molho.
Dia 2: Seia, regionalidade e natureza
Antes da imersão na natureza sugerida para o segundo dia, é obrigatória a passagem pelo divertido Museu do Pão, que faz as delícias tanto de miúdos como de graúdos. No percurso sugerido pelo museu, conhece-se a história e o processo de fabrico do pão, alimento essencial na cultura portuguesa, e pode ainda pôr-se as mãos na massa, num exercício de panificação.
Ao almoço, comece pelos queijos de Seia, acompanhados de pão, enchidos e bons vinhos. Prove ainda o cabrito assado à moda de Seia, suculento por dentro e bem tostado por fora.
A dois passos da cidade, fica a Praia Fluvial de Lapa dos Dinheiros, uma das mais bonitas da zona. Situada na ribeira da Caniça, a praia está rodeada por uma paisagem montanhosa e granítica. A água é bem fresquinha, mas tão transparente que não há como resistir a um mergulho. Nas proximidades, há uma série de trilhos pedestres que vale a pena percorrer, com destaque para a Rota da Caniça. O percurso circular de cerca de sete quilómetros atravessa o Souto da Lapa, um bosque de castanheiros centenários, e passa ainda pelas cascatas da Caniça.
De regresso à Pousada Serra da Estrela, aproveite para um mergulho na piscina exterior do hotel, que está estrategicamente virada a sudoeste e permite aproveitar com a melhor vista o pôr do sol.
Dia 3: Manteigas, surpreendentes paisagens serranas
Os 21 quilómetros que separam a Pousada Serra da Estrela e a vila de Manteigas são um deleite: cada paisagem é mais bonita que a anterior. A primeira paragem é no Vale Glaciar do Zêzere. O percurso pedestre permite observar a biodiversidade da serra, por entre paisagens esculpidas pela ação dos glaciares. No Centro de Interpretação do Vale Glaciar, fica-se a compreender melhor a formação geológica desta paisagem única.
A subida até ao Poço do Inferno, uma das cascatas mais emblemáticas da região, é intensa mas recompensadora. A queda de água, rodeada de verde, é ideal para uma pausa contemplativa — ou até para um mergulho.
Para repor baterias, chegue à pousada a tempo de desfrutar da piscina interior, da sauna e do banho turco, de utilização livre, e ainda dos tratamentos exclusivos do spa.
