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Pestana Palace Lisboa: um hotel com alma de palácio

25 de Fevereiro, 2025
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A sua história começa no século XIX e é marcada pelas famílias do Marquês de Valle Flôr e pela família Pestana. Conheça alguns dos muitos pormenores do Pestana Palace Lisboa.

Um oásis, um monumento, um palácio em Lisboa: o Pestana Palace Lisboa é tudo isto. Este edifício cuidadosamente preservado e transformado em hotel mantém os pormenores que revelam a sua história e fazem dele um orgulhoso membro dos “The Leading Hotels of the World” e “The Leading Hotels of the World Sustainability Leaders”.

No final do século XIX, José Luís Constantino Dias encontrou no Alto de Santo Amaro, o espaço ideal para a sua pequena Versailles, após regressar a Lisboa, depois de uma temporada em São Tomé, onde enriqueceu com plantações de café e cacau. O seu espírito empreendedor valeu-lhe o título de Marquês de Valle-Flôr por vontade do rei D. Carlos I.

O interior do palácio tem várias salas, todas elas impressionantes que foram adaptadas para hotel. Os salões do primeiro piso, cada um com o seu tema, são espaços comuns para os clientes. A Sala Renascença, revestida a madeiras exóticas e tons quentes, com os seus vitrais a lançarem luz colorida pelo espaço, foi outrora a sala de refeições da família do proprietário deste palácio. 

Duas das salas do primeiro piso fazem justiça à aristocracia francesa: a Sala Luís XV prima pelo estilo Rococó francês, com as paredes cheias de espelhos e frescos a criarem ilusões de ótica, enquanto a Sala Luís XVI está decorada ao estilo italiano, em tons de verde. Numa das maravilhosas salas do primeiro piso fica o Bar Allegro. Aqui o ambiente é informal, mas a decoração é igualmente requintada e há um elemento que merece destaque: o piano Steinway & Sons de Dionísio Pestana, presidente e um dos fundadores do Pestana Hotel Group, juntamente com o pai. Recebeu este piano como presente da mãe, Caridade Pestana.

Ainda neste piso, voltamos a ser inteiramente transportados para o gosto do século XIX, na Sala Japonesa, cheia de pormenores orientais, como as flores que decoram as paredes ou os vãos das janelas em madeira decorada. Esta sala exuberante é um exemplo da admiração da época do Marquês Valle-Flôr pelo Oriente. 

Falta conhecer, neste primeiro piso que demonstra bem a singularidade do edifício, o antigo salão de baile, hoje espaço do restaurante Valle Flôr, onde o chef executivo Pedro Inglês Marques é responsável pela carta. As paredes faustosamente decoradas com instrumentos musicais e claves de sol, cheias de recortes dourados, levantam a curiosidade sobre a música que aqui se ouvia, com vista para os jardins.

Este salão tem acesso direto aos jardins, com mais de mil espécies exóticas, árvores classificadas como Monumento Nacional, algumas delas da época da construção do edifício. O exterior é o cenário perfeito para desfrutar dos dias de calor, numa elegante piscina que convida ao relaxamento, construída a partir do antigo lago do palácio.

A piscina exterior é o cenário para quem se exercita no health club, onde a piscina interior convida nos dias de inverno. É aqui também que está o Magic Spa, com tratamentos de bem estar e massagens. 

Os quartos do hotel estão distribuídos por dois edifícios adicionais, harmoniosamente ligados ao edifício principal por elegantes mangas de vidro. A comunhão entre os edifícios mais recentes e a arquitetura de época é perfeita. A mancha verde da vegetação cria uma transição suave para estes edificados, sem se perder a sensação de imenso oásis no meio da cidade.

De volta ao edifício principal, classificado como Monumento Nacional em 1997, é obrigatória uma passagem pela capela, um acrescento ao projeto original e simétrico à entrada do palácio. Muito se mantém inalterado neste lugar consagrado pelo Vaticano: no altar, a figura de Nossa Senhora da Conceição, de que o Marquês era devoto; os genuflexórios são ainda os originais do Palácio, e um órgão de igreja foi encontrado, atrás do altar, vinte anos depois do hotel abrir — estava em perfeitas condições. 

Voltando ao interior, seguindo pela escadaria, acedemos às suítes reais do hotel. Antes de lá chegarmos, uma curiosa história sobre estes degraus: quando a exportação de madeira foi proibida em São Tomé, o Marquês de Valle-Flôr não desistiu de trazer para Lisboa algum deste material para a construção da escadaria e de outros elementos do palácio. Para isso, mandou construir barcos com essa madeira. Ao chegarem ao Tejo, eram desmantelados e usados na obra. 

Já no segundo piso, chegamos finalmente às suítes que homenageiam os últimos tempos da monarquia portuguesa. Os antigos quartos dos marqueses têm atualmente os nomes do último quarteto real: D. Carlos, D. Amélia, D. Luís Filipe e D. Manuel. Entre os seus hóspedes estão os Reis de Espanha, os Príncipes do Mónaco, Mick Jagger, Prince, David Beckham e Madonna — estes e outros têm a sua foto no hall of fame do palácio.

Bem perto, as antigas Cavalariças foram convertidas em salões de eventos, mantendo as decorações equestres originais.  

A história do hotel e da família Pestana vai-se cruzando assim com as marcas da família fundadora e do seu tempo. Em cada recanto há pormenores por descobrir, especialmente quando se toma atenção à arquitetura e decoração dos espaços. Uma última curiosidade para a despedida: neste edifício instalou-se o primeiro elevador de uma casa privada em Portugal. 

Fachada do Pestana Palace em Lisboa

Pestana Palace Lisboa

Fique num Palácio restaurado do século XIX

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