O espírito aventureiro levou-o ao Pestana Hotel Group, e a aventura continua: José Roquette analisa as localizações internacionais, e desde 1996 já abriu hotéis em 16 países e três continentes.
Já fez bungee jumping no Zimbabué e acaba de fazer rafting na Noruega. Aos 55 anos, José Roquette mantém o gosto pela adrenalina, mas nada foi tão radical como a mudança de vida que fez há 26 anos, quando se mudou com a família para Moçambique para dirigir o projeto do primeiro Pestana internacional. Graças a esse salto de fé, ele tornou-se, anos mais tarde, Chief Development Officer (CDO) do grupo e o primeiro responsável por expandir a marca Pestana a novos mercados internacionais.
Em 1996, José Roquette tinha um emprego estável, numa sociedade de capital de risco ligada ao Turismo de Portugal. Por causa disso, viajou para Moçambique com Dionísio Pestana, e em Maputo encantou-se pela cidade. Ligou à sua mulher: queria candidatar-se a um cargo no Pestana Hotel Group para dirigir a operação naquele país e dar uma infância africana aos três filhos, de um, três e cinco anos.
A aventura concretizou-se mesmo e conduziu a uma relação de confiança com Dionísio Pestana, que viu nele a pessoa ideal para identificar novos mercados. De África mudou-se para o Rio de Janeiro, e os filhos já estavam a tornar-se cariocas quando voltou a casa. A diversificação continuou em território nacional: durante três anos, ocupou-se das Pousadas de Portugal.
Oriundo do mundo do capital de risco, José Roquette guarda a emoção para as experiências radicais e para o surf, que pratica em escapadinhas à hora de almoço. Nos negócios interessam os números: lê tudo sobre o próximo destino, estuda a concorrência local e não se esquece de observar pacientemente o quarteirão do projeto em causa – quer seja sentado numa esplanada ou em repetidas caminhadas. Cada novo hotel é único e irrepetível, e é por isso que estes 26 anos continuam a saber-lhe a aventura.